Calcular o custo de um colaborador não é uma tarefa simples, e ter em mãos essa informação pode impactar diretamente na saúde financeira da sua empresa e ajudando na tomada rápida de decisões
O verdadeiro custo de um colaborador para a empresa vai muito além do seu salário. Além do valor do salário bruto, é preciso levar em conta as obrigações tributárias, impostos, e também os benefícios, como vale transporte e refeição, por exemplo.
Segundo uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o custo de um colaborador pode chegar a custar até 183% do salário bruto para a empresa.
O estudo ainda mostra que o salário corresponde a cerca de 32% do custo do funcionário. O restante é resultado das obrigações sociais, como FGTS e INSS, e também dos encargos trabalhistas, como vale-transporte e 13º, por exemplo.
Conhecer o custo real de cada colaborador para a empresa é muito importante para ter uma visão panorâmica da realidade da sua empresa, além de auxiliar na tomada de decisões, como saber se é realmente o momento mais viável para contratar mais pessoas e até avaliar as condições financeiras que a empresa tem para conseguir cumprir com essas despesas.
Você tem uma visão clara de quanto custa cada colaborador para sua empresa? Vem com a gente que hoje vamos falar sobre os valores que envolvem o custo real do colaborador, como calcular cada um deles, e ainda o papel de uma boa ferramenta de cálculo na apuração dos valores e encargos trabalhistas. Boa leitura!
Como saber qual é o custo de cada colaborador?
Você sabe exatamente quanto custa um funcionário?
O nosso país tem uma legislação trabalhista complexa, e para quem não lida diretamente com essas atividades, como o Departamento Pessoal ou a Contabilidade, essa pode ser uma dúvida comum. Mas como gestor, é fundamental ter controle sobre esses valores.
Além de ter informações para lidar com questões estratégicas da empresa, ter a visão do custo real de cada colaborador ainda permite encontrar formas de economizar na contratação e identificar se aquele funcionário traz um retorno para a empresa, permitindo que o negócio encare um crescimento com o melhor custo-benefício.
Afinal, qual é o custo de um colaborador?
Contar somente com o valor do salário bruto na hora de contratar um novo colaborador é um grande erro. Antes disso, é preciso que cada custo seja colocado na ponta do lápis e analisado: conseguimos pagar mais um funcionário?
Pelas regras da CLT, o colaborador tem direito a:
- Férias;
- 13° salário;
- Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Existem os chamados encargos sociais, que a empresa paga para órgãos diversos. Eles variam conforme o regime tributário adotado pelo empreendimento. Veremos sobre esse item mais adiante.
Vale-transporte, vale-refeição e outros benefícios
O vale-transporte é uma obrigação coletiva e, portanto, não deve ser incluído no salário, mas sim pago à parte. Esse é um direito garantido por lei.
Neste caso, deve-se calcular quantos ônibus o funcionário utiliza por dia para ir e voltar do trabalho e multiplicar por 22 (que é a média de dias úteis por mês). Para esse benefício, o colaborador contribui com 6% do seu salário.
A substituição do Vale-transporte pelo Auxílio Combustível é possível mediante acordo entre empresa e colaborador. Mas é necessário que o funcionário renuncie ao seu direito ao vale transporte, além de fornecer mensalmente os comprovantes de gastos com combustível.
Benefícios como vale-refeição e vale-alimentação são opcionais e definidos de acordo com a categoria, muitas vezes determinados por convenção coletiva e o preço médio para se almoçar na cidade.
Além disso, a empresa pode arcar com outros benefícios como plano de saúde, plano odontológico, auxílio-creche, entre outros.
O custo de um colaborador nos diferentes regimes tributários
Os impostos e taxas cobrados podem variar de acordo com os regimes tributários existentes: Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido.
Para começar os cálculos do custo de um funcionário, é preciso identificar em qual categoria a empresa está inserida. Vamos conhecer melhor cada regime:
Simples Nacional
Muito utilizado entre as micro e pequenas empresas, conta com alíquotas mais brandas. Além disso, isenta as empresas de pagarem os encargos referentes ao INSS patronal, salário educação, seguro acidente de trabalho (SAT) e contribuições ao SEBRAE, SENAI, SESI ou Incra.
Imagine que o funcionário receba um salário-base de R$ 1.000,00. Deve-se somar a ele:
- 8% de FGTS por mês – R$ 80,00;
- Férias – R$ 1.000,00 (valor anual);
- 1/3 sobre férias – R$ 333,33 (valor anual);
- 13° salário – R$ 1.000,00 (valor anual);
- 8% de FGTS do valor anual – R$ 186,67;
- Provisão Mensal – R$ 210,00.
Soma-se, ainda, o valor do vale-transporte e vale-alimentação mensais, que, vamos supor que seja, respectivamente, R$ 132,00 e R$ 220,00.
O total é de R$ 1.642,00. Subtraindo 8% de INSS que ele deve pagar e os 6% referentes ao vale-transporte, a conta fecha em R$ 1.502,00.
Lucro Real ou Presumido
Neste regime, além dos encargos assumidos no Simples Nacional, são acrescentadas outras taxas:
- 20% de INSS (contribuição patronal);
- De 1% a 3% de seguro de acidente de trabalho;
- 2,5% de salário educação;
- 20% correspondente ao descanso semanal remunerado;
- 8,33% correspondem ao 13º salário;
- 3,3% para o “Sistema S” (SEBRAE, SENAI ou SESI);
- 11,11% correspondente às férias, levando em conta um salário por ano somado de 1/3 de abono.
Neste caso, o custo médio chega a aproximadamente R$ 1.700,00 por funcionário, ou seja, a empresa gasta R$ 700,00 a mais.
Fonte: Contabilizei
Outros custos: treinamentos e benefícios
Existem outros custos que não estão previstos em lei, mas que são essenciais para fazer uma boa gestão de pessoas e assegurar a capacitação dos profissionais. Por exemplo, os custos com treinamento e outros benefícios.
Ainda existem os chamados benefícios complementares: Plano de saúde, seguro de vida, assistência odontológica, vale alimentação. Aqui vai depender da determinação do sindicato da classe dizer se eles serão obrigatórios, ou não. O que pode aumentar o custo de um colaborador.
É preciso entender os benefícios corporativos como investimento, cuja proposta é valorizar os colaboradores, ajudando a gestão de processos do RH a promover o aumento da produtividade, o engajamento, na atração e retenção de bons profissionais. Além de promover um bom clima organizacional, é um grande diferencial competitivo para a empresa.
Por que é importante saber o custo de um colaborador?
A apuração de valores e encargos trabalhistas é um ponto essencial para a estratégia de RH de uma empresa, seja para entender o quanto esse custo representa para a empresa ou mesmo para planejar uma expansão, por exemplo.
E por ser complexo, é sempre um pesadelo. Mas não precisa ser, desde que a empresa conte com uma boa ferramenta.
Além disso, ter uma visão clara sobre o custo de cada colaborador impacta diretamente na saúde financeira da empresa, e possibilita que os gestores usem essas informações para:
- Manter um bom nível de organização;
- Direcionar seus investimentos de maneira assertiva;
- Poupar custos desnecessários;
- Até saber qual é o volume ideal de profissionais necessários para o bom andamento dos negócios.
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Gerenciar o seu capital humano é a tarefa mais importante para manter sua empresa rodando. E com um software de gestão de pessoas essa atividade pode ser muito mais simples e eficiente, descentralizando o RH e mantendo toda a equipe em dia com as informações.
Você ainda pode ter acesso a portais e relatórios estratégicos que ampliarão seu poder de tomada de decisão rápida e com base em dados, criando uma estrutura gerencial mais sólida, consistente e transparente em toda a empresa.
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