A remuneração e o bem-estar de colaboradores podem estar mais conectados do que você pensa! Confira neste blog post a importância da gestão de remuneração no dia a dia das pessoas do negócio
A retenção de profissionais é um dos principais desafios das companhias. Na prática, a equipe de gestão de pessoas busca alternativas para proporcionar saúde e bem-estar e qualidade de vida no trabalho. Mas não para por aí. A remuneração é outro fator vital para manter a satisfação dos colaboradores, aumentando o nível de engajamento do time.
No contrato de trabalho e no dia a dia, a empresa pode (e deve) escolher priorizar o bem-estar por meio da oferta de uma remuneração justa, combinada com um conjunto de benefícios.
Neste artigo, apresentamos a correlação entre bem-estar e salários atrativos, definidos com base em um plano de cargos e salários. Continue a leitura!
A remuneração inclui salários, vencimentos, bônus e estruturas de comissões. Os empregadores não devem ignorar a parte dos benefícios da remuneração e benefícios dos empregados, porque os benefícios suavizam os contratos de trabalho com as prioridades de que a maioria dos empregados necessita.
Bem-estar: compreendendo o conceito
O bem-estar é uma das prioridades das empresas e dos direitos dos colaboradores. Ele abrange uma série de fatores, incluindo saúde física, saúde mental e emocional, engajamento e satisfação no trabalho.
Em essência, o bem-estar é uma medida de como um profissional se sente em relação ao seu trabalho e ao organizacional.
Conheça os principais elementos que permitem promover o bem-estar das pessoas nas empresas:
Saúde física: inclui cuidados como exercícios, nutrição e sono. Os empregadores podem apoiar a saúde física dos colaboradores, fornecendo acesso a instalações fitness, opções de alimentação saudável e horários de trabalho flexíveis.
Saúde mental: é outro componente importante do bem-estar dos funcionários. Isto inclui fatores como gestão do estresse, regulação emocional e acesso a recursos de saúde mental. Os empregadores podem apoiar a saúde mental dos funcionários, fornecendo acesso a serviços de aconselhamento, dias de saúde mental e recursos para gestão do estresse e regulação emocional.
Engajamento: componente chave do bem-estar. Colaboradores engajados são aqueles que se sentem motivados, produtivos e comprometidos com seu trabalho. A empresa pode potencializar o engajamento, proporcionando oportunidades de desenvolvimento profissional, programas de reconhecimento e recompensas e uma cultura de trabalho positiva.
Satisfação no trabalho: também é um componente importante do bem-estar dos funcionários. Os profissionais satisfeitos com seus empregos têm maior probabilidade de serem felizes, engajados e produtivos. Essa é uma parte essencial do bem-estar dos colaboradores. E as empresas podem potencializar a satisfação dos funcionários no trabalho, proporcionando oportunidades de crescimento e desenvolvimento, remuneração e benefícios justos e um ambiente de trabalho amigável.
Bem-estar dos colaboradores e a importância da gestão de remuneração
O bem-estar é indispensável para as pessoas e gera impactos positivos para as empresas.
Afinal, profissionais felizes são produtivos. Quando o colaborador reconhece uma remuneração justa e se sente valorizado, a motivação aumenta e a fidelização também. Isso porque ao reconhecerem um salário justo, os profissionais ficam motivados para fazer um bom trabalho e tendem a permanecer mais tempo na empresa, ganhando eficiência nas entregas. Tudo isso leva ao aumento da produtividade.
Neste sentido, além de beneficiar as pessoas, que buscam uma melhor posição financeira e um sentido de autorrealização no trabalho, a oferta de uma remuneração adequada garante vantagens para a empresa, no curto, médio e longo prazo. Muito além da remuneração, o colaborador é interessado no conjunto de benefícios e bônus disponíveis. Tudo isso fornece aos colaboradores a sensação de que são recompensados pelos seus esforços. Bem no fim, é isso que o colaborador deseja: ser valorizado, remunerado e reconhecido pela qualidade do seu trabalho.
Remuneração: equidade salarial é fundamental para satisfação dos colaboradores
Recentemente, a discussão sobre remuneração voltou à tona no Brasil, com a Lei 14.611/23, sancionada em 3 de julho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O dispositivo legal define a obrigatoriedade da igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens nos casos de trabalho em que ambos têm igual valor ou no exercício da mesma função.
O que dizia a lei sobre igualdade salarial?
O direito à igualdade salarial já é garantido pela Constituição Federal (art. 7º, inciso XXX, que proíbe diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil).
De outro modo, o art. 461 da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) já determinava que nos casos de função idêntica, com trabalho de igual valor prestado ao mesmo empregador e na mesma empresa, a gigualdade salarial deve ser garantida, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
A novidade é que a Lei 14.611/2023 é mais exigente, já que impõe medidas mais severas para garantir o cumprimento, inclusive, com penalidades mais graves.
Remuneração salarial: aspectos legais da 14.611/2023
Na prática, a Lei 14.611/23 define uma série de medidas para garantir a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens. A lei exige:
- Estabelecimento de mecanismos de transparência salarial e de critérios remuneratórios;
- Incremento da fiscalização contra a discriminação salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens;
- Disponibilização de canais específicos para denúncias de discriminação salarial;
- Promoção e implementação de programas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho que abranjam a capacitação de gestores, de lideranças e de empregados sobre o tema da equidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, com aferição de resultados;
- Fomento à capacitação e à formação de mulheres para o ingresso, a permanência e a ascensão no mercado de trabalho em igualdade de condições com os homens.
Além disso, a nova lei fixou o valor da multa por discriminação (por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade) em 10 vezes o valor do salário devido ao empregado discriminado. Em caso de reincidência, o valor da multa é dobrado. Antes, a multa era de 50% do limite máximo do salário de contribuição.
Transparência salarial: política de cargos e salários acessível para todos
Além dos aspectos já citados, outro ponto da Lei 14.611/23 merece ser destacado. A partir de agora, pessoas jurídicas de direito privado (sociedades, associações e fundações) com 100 ou mais colaboradores deverão publicar, semestralmente, um relatório de transparência salarial e de critérios remuneratórios.
Os documentos serão elaborados com dados anonimizados e informações que permitam a comparação objetiva entre salários, remunerações e a proporção de ocupação de cargos de direção, gerência e chefia preenchidos por mulheres e homens. É importante também que os relatórios apresentem dados estatísticos sobre outras possíveis desigualdades decorrentes de raça, etnia, nacionalidade e idade.
Se identificada a desigualdade salarial ou de critérios remuneratórios, a pessoa jurídica de direito privado será notificada para apresentar e implementar plano de ação para mitigar a desigualdade, com metas e prazos. Neste processo, a participação de representantes das entidades sindicais e dos empregados nos locais de trabalho é fundamental para a regularização perante o governo.
Na hipótese de descumprimento, a empresa receberá multa administrativa no valor de até 3% da folha mensal de salários do empregador, limitado a 100 salários mínimos.
Remuneração e bem-estar em foco
Como vimos até aqui, existe uma forte ligação entre o bem-estar dos colaboradores, a remuneração justa e o sucesso organizacional. Quando a empresa prioriza esses aspectos, os benefícios são tangíveis. Isso inclui maior envolvimento e produtividade dos colaboradores, retenção de talentos e inovação organizacional.
Ao implementar estratégias para promover o bem-estar dos profissionais, as companhias podem criar uma cultura organizacional positiva que apoia a saúde mental, física e emocional das pessoas.
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Fonte: Senior